-
Arquitetos: Fragmentos
- Área: 232 m²
- Ano: 2020
-
Fotografias:Ivo Tavares Studio
Descrição enviada pela equipe de projeto. Um refúgio escondido em Lisboa. O conjunto nasceu de um projeto de valorização patrimonial de um edifício devoluto com uma extensa área em logradouro. Nessa área foi construída uma fração unifamiliar independente, que aqui apresentamos como casa Prazeres 37.
A casa desenvolve-se em dois níveis, refletindo a adaptação à topografia e definindo a relação com a construção na parcela fronteira. Uma das principais preocupações do desenho foi a de promover uma massa que volumetricamente se apresentasse como elemento anónimo, enterrado, que desaparecesse no território confundindo-se com o manto verde existente. Adaptando-se às cotas existentes, o programa materializa-se em duas partes. O núcleo superior é composto pelas áreas comuns. A zona de estar, de jantar e a cozinha são contínuas e a sensação de estar ao ar livre é realçada por grandes planos envidraçados. Na ala inferior, são desenhadas cinco suítes - uma delas independente - que se debruçam sobre o jardim e piscina.
Em termos funcionais, as casas Prazeres 37 e Possidónio da Silva 37 (antigo edifício devoluto acima referido) encontram-se ligadas entre si através de uma zona de comunicação composta por átrio de entrada, acessos e estacionamento. O ponto de encontro entre as duas parcelas é feito no exterior. Transversal a toda a intervenção foi o cuidado em manter a privacidade dos habitantes por isso, embora contíguas entre si, foram desenhadas barreiras visuais naturais que enquadrassem as duas tipologias e lhes dessem o protagonismo necessário nos núcleos em que se encontram.